segunda-feira, 22 de outubro de 2012

5 Dicas para Superar as Adversidades da Vida!


Quer queiramos ou não, a adversidade faz parte da vida. Superar as adversidades é um dos maiores obstáculos que enfrentamos. Os problemas, sejam grandes ou pequenos apresentam-se a nós durante toda a nossa existência. Independentemente de quão animado, inteligente, ou contente estejamos no momento, independentemente de a vida nos correr às mil maravilhas, inesperadamente todos nós algumas vezes somos confrontados com problemas, lutas, desafios, dificuldades. É como se fossemos postos à prova, para vermos de que fibra somos feitos, como é que conseguimos enfrentar algumas situações catastróficas e angustiantes. Não pretendo passar a mensagem que quanto mais adversidade melhor, nem sou apologista de que o sofrimento é algo de bom. Não, o sofrimento incapacitante não é benéfico. Ainda assim, não invalida que pensamos nele como uma realidade que acontece na vida de cada um de nós, certamente em número e intensidade diferentes de pessoa para pessoa. Quando acontece, aceitá-lo é uma parte da estratégia para nos livrarmos de mais sofrimento. Aceitá-lo pode constituir uma forma de nos reestruturarmos e seguirmos em frente.

Conforme Havelock Ellis escreveu: “A dor e a morte são parte da vida. Rejeitá-las é rejeitar a própria vida.”

Na verdade, graças a Deus pela adversidade! Aprender a lidar e superar as adversidades, é o que nos faz ser quem somos. Cada desafio, a cada dificuldade que enfrentamos com êxito na vida serve para fortalecer a nossa força de vontade, confiança e capacidade de vencer os obstáculos futuros.

Heródoto, filósofo grego, disse: “A adversidade tem o efeito de atrair a força e as qualidades de um homem que as teria adormecido na sua ausência.”

Quando você responder de forma positiva e construtiva aos seus maiores desafios, as qualidades as forças e virtudes como, coragem, caráter, combatividade, esperança e perseverança emergem lá de dentro. É claro que, dado que somos humanos, é muito fácil cairmos na auto-piedade, na injustiça da vida, ou na armadilha do “porquê eu?”. Quando fazemos isso, deixamos de reconhecer as oportunidades de sabedoria e de crescimento que acompanham a adversidade. No entanto, assim que conseguimos ou nos permitimos pensar mais claramente, que somos capazes de deixar a vitimização auto-destrutiva e pensamentos improdutivos, também ficamos mais capacitados para lidar com o que está diante de nós.

DICAS PARA SUPERAR A ADVERSIDADE

1. Esteja atento, e aceite que a adversidade é inevitável na vida. Como já foi referido, a adversidade faz parte da vida. Uma vez que nos aconteça algum infortúnio, não o aceitar ou resistir-lhe só vai fazer com que persista. Não quero dizer com isto, que sejamos passivos ou complacentes com a adversidade e que ao aceitá-la nada façamos para minimizar ou recuperar dela. Não é nada disso, o que quero dizer é que aceitar é um caminho para se desprender e reestruturar-se. É uma forma viável de procurar caminhos alternativos e seguir em frente. Onde quer que possamos ir existe certamente alguma forma de adversidade, mesmo que não seja a nossa. Há inundações, tsunamis, guerras e calamidades de todos os tipos. Mesmo dentro do seu próprio círculo de familiares e amigos há perda, morte e tragédia. Embora a dor seja inevitável, o sofrimento exacerbado é opcional. Tal, como por contraste a felicidade é possível mas é opcional. Então o que podemos fazer?

2. Construa os seus recursos internos. Antes que a adversidade o atinja, deve propor-se a trabalhar no seu equilíbrio emocional, deve fortalecer a sua musculatura emocional, coragem e disciplina. Quando você se torna consciente de que algumas dificuldades são inevitáveis, você pode preparar-se mentalmente para enfrentar as adversidades de cabeça erguida. Não será muito diferente do sentimento de um soldado que vai para a guerra. Ele (ou ela) prepara-se física e mentalmente para qualquer possibilidade. O militar sabe que pode ser desastroso, assustador, e esgotante, mas ele sente-se preparado e equipado com um conjunto de estratégias que lhe permitem enfrentar a situação com coragem. Na maioria das vezes, quando você está preparado para o pior, o pior nunca acontece, ou é muito menos grave do que o previsto.

Atenção, não estou dizendo que nos devemos movimentar na vida sempre em alerta, a ver onde está o perigo ou com o sentimento de que estamos na eminência de nos acontecer algo de ruim. Não, isso não é benéfico, pelo contrário, pode ser contraproducente. Mas tal como um médico, enfermeiro, bombeiro, ou paramédico, ou você mesmo se prepara com um curso de primeiros socorros para agir em consonância quando for necessário salvar um vida em aflição eminente, assim deveremos fazer nós. A preparação para reagir, para agir e saber como atuar em situações difíceis, é como um Kit de Primeiros Socorros para quando o “azar” nos bater à porta. Se tivermos e soubermos usar, certamente evitaremos danos maiores.

Outro recurso valioso é a auto-confiança. A Confiança que tudo vai dar certo, a esperança que sempre há uma luz no fim do túnel, e esperança que “este infortúnio também passará.” Tudo na vida tem o seu lugar e propósito, cabe-nos a nós fazer essa gestão.

3. Construa os seus recursos externos. Construa um sistema de apoio baseado na família e nos amigos. Quando as coisas ficam difíceis, todos nós precisamos de encorajamento e apoio. Precisamos de alguém com quem conversar, alguém para ajudar a aliviar o fardo. Você ficaria surpreso ao descobrir quantas vezes um amigo teve uma experiência semelhante e pode ajudar a guiá-lo no momento difícil. O facto de saber que um amigo está lá quando você precisa dele, pode ser muito reconfortante. Se a sua condição perante a adversidade não for ultrapassada e gerar problemas psicológicos como a depressão ou ansiedade, não hesite em procurar ajuda profissional, seja através de uma consulta de psicologia ou de um grupo de suporte específico, como por exemplo determinados grupos de ajuda.

4. Aquilo que não mata nem sempre faz você mais forte. Desculpe Nietzsche, mas não posso concordar integralmente na afirmação, “o que não nos mata torna-nos mais fortes“, ela não é completamente realista. Por exemplo, se você não tiver construído e desenvolvido determinados tipo de resistência ou experiência suficientes para lidar com a dificuldade, a adversidade pode esmagá-lo. Por outro lado, se você tem resistência suficiente, se desenvolveu e trabalhou determinadas forças, então na verdade isso vai fazer você ficar mais forte. Como assim, você pergunta? A Resiliência como qualquer músculo no nosso corpo é construída gradualmente e exponencialmente com a exposição repetida aos obstáculos e às forças externas. Não necessariamente, se você não tem prática no enfrentamento dos obstáculos (como quando você escolhe evitá-los), se você decidir ainda assim propor-se ao desafio de tentar, a coisa certamente correrá mal, um evento traumático pode derrubá-lo. Como tudo na vida, a preparação é amiga da eficácia e do sucesso. Sem preparação o fracasso é uma possibilidade muito forte.

Para sublinhar este ponto, as pesquisas de desenvolvimento tem mostrado que crianças traumatizadas são mais, e não menos, prováveis de virem a sofrer novamente de algum tipo de trauma ou consequência negativa. Da mesma forma, aqueles que crescem em bairros difíceis têm uma propensão para o desequilíbrio emocional, tornam mais susceptíveis perante a adversidade, não se tornam mais resilientes, e são mais propensos a debater-se na vida.

5. Inspire-se e aprenda com os outros que têm que lidar com o sucesso e com a adversidade. Há muitas histórias inspiradoras de pessoas que superaram obstáculos aparentemente intransponíveis. Eles triunfaram sobre as suas adversidades para viver uma vida produtiva e bem-sucedida, em vez de se renderem a elas. Para aprofundar este tema, leia: Porque razão desistimos dos nossos objetivos.

Não quero com isto dizer que ao ver, ler ou assistir aos feitos dos outros os seus problemas ficam resolvidos, ou que isso diminuirá a dor ou o sentimento que tem. Provavelmente não, e essa não é a minha intenção. No entanto, ao tomar consciência das estratégias e formas que essas pessoas accionaram e/ou utilizaram para fazer face aos seus problemas ou para ir ao encontro dos seus sonhos e objetivos, pode promover e estimular em si uma mudança de perspetiva face à sua situação. Este mudança de perspetiva pode ser promotora para descobrir novos caminhos para a resolução da situação difícil em que se encontra.

17 passos para enfrentar uma grande perda

Muitas situações na vida nos trazem a sensação de um mal irreparável, geralmente envolvendo perdas ou grandes mudanças: doenças, morte de alguém, mudança de cidade, de emprego, condição social, separação, perda de um sonho ou ideal e outras. As situações mais dolorosas referem-se à perda de um ente querido.
As pessoas ficam com a sensação de terem sido roubadas em algo a que tinham direito. Passam por um processo doloroso que envolve sofrimento, medo, revolta, raiva, culpa, depressão, isolamento, desinteresse pelas atividades costumeiras ou excesso de atividades (fuga); apresentam sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.
O tempo requerido para o “luto” (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda, o significado desta para a pessoa, seu modo particular de lidar com situações de crise, apoio disponível no seu meio familiar e social, como a comunidade onde vive encara esta perda, suas próprias crenças e outros aspectos.
A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.
Mas, além da tristeza, as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, faz com que repensemos nossas vidas e nossos valores, passando a perceber o que realmente é importante e o que é supérfluo, e podem nos transformar em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.
Apesar das pessoas sentirem e reagirem diferentemente, existem pontos em comum nas situações de perda, quando geralmente passam por fases semelhantes. Quando descobrem que estão com uma doença grave ou isto acontece com uma pessoa muito próxima, a morte inesperada de alguém que amam, ou com quase todos os outros tipos de perda, primeiro passam pelo estágio de choque e negação, não querendo acreditar na realidade. Depois vem a fase da raiva, revolta (contra tudo, todos e até contra Deus) e muita mágoa. Mais tarde passam a negociar com Deus e com a vida, tentando fazer trocas e promessas; depois ficam deprimidos, perguntando-se “por que eu?”, “por que ele(ou ela)?”ou “por que comigo(ou conosco)?”.
A seguir a tendência é retrairem-se por algum tempo, afastando-se dos outros, enquanto buscam alcançar um estado de entendimento, paz, aceitação; de aceitar aquilo que não pode ser mudado.(E. Kubler-Ross). Muitos param em determinada fase e não vão adiante na superação da perda que já aconteceu ou, no caso de doença, vai ocorrer; alguns pulam de uma fase para outra, podendo retornar à fases anteriores; outros caminham para a superação. Isto vai depender muito do suporte que recebem do meio, dos amigos, de terapeutas ou orientadores; do entendimento que têm sobre a vida e sua finalidade, de suas crenças filosóficas e/ ou religiosas e outros aspectos.
A Dra Ross estudou também 20 mil casos de pessoas de várias culturas que passaram por experiências de quase morte(EQM), e notou muita semelhança no que percebem naqueles momentos de “morte”, as vivências e sensações são agradáveis e os pacientes percebem que na realidade a morte não existe, é uma passagem para um plano de vida diferente, como a borboleta que deixa o casulo.Se começarmos a ver a vida de maneira diferente, com maior entendimento, veremos que a morte jamais deve representar sofrimento, mas uma continuação da vida e da evolução.
Seguem-se algumas sugestões que podem ajudar nesta fase difícil :-
1-Fale sobre sua perda e sua dor
Nos primeiros meses muitos têm esta necessidade, deixe que os outros saibam que este assunto não deve ser evitado e que lhe faz bem falar sobre isto, abrir-se com alguém de confiança, ajuda no entendimento e na aceitação. Quando os amigos entendem o processo, percebem que ouvindo e compartilhando o sofrimento, estão ajudando; e você vai se sentir melhor desabafando. Entretanto, em algumas situações, ou com algumas pessoas, quando não quiser falar sobre o assunto, também diga isto claramente.
2-Enfrente o sentimento de culpa
Quando se perde alguém importante é difícil sentir que se fez o bastante. Discutir este sentimento com alguém compreensivo e de confiança vai ajudar a distinguir a culpa real e irreal e, aos poucos, esta começa a diminuir. Não pode se sentir responsável por não prever os acontecimentos, ou culpa como se tivesse tido a intenção de prejudicar alguém. Além do mais, temos que aceitar a realidade de que ninguém é perfeito, fazemos o possível de acordo com nossa capacidade.
3-Trabalhe os sentimentos de raiva e revolta
Estes sentimentos existem em face de uma grande perda; é importante percebê-los e expressar os sentimentos de raiva e amargura. Não adianta negá-los ou envergonhar-se deles, são normais e irão desaparecendo com o tempo e a aceitação do fato.
4-Idealização
Há uma fase em que a pessoa pensa em suas falhas como pai, mãe, filho, cônjuge, irmão, namorado ou amigo... e vê a pessoa que se foi como um ser perfeito. Com o tempo, começará a vê-la como um ser humano real, com suas qualidades e defeitos, assim como todos nós.
5-Não se isole
Mesmo que não se sinta à vontade para compartilhar seu sofrimento e prefira ficar sozinho, precisa buscar a companhia de outras pessoas. Amigos e familiares que o estimem podem ajudar muito. Não se esqueça que não está só; muitos o estimam, querem lhe dar amor e conforto, assim como precisam do seu amor e atenção. Isto consola , renova suas forças e ajuda na construção de novos objetivos e, com o tempo, a recuperar a alegria de viver. Estas pessoas podem fazer muito por você e você por elas.
6-Mudança de valores
Diante da morte ou de uma grande perda, a pessoa tende a repensar seus valores, a reavaliar seus objetivos de vida; deixar de lado coisas que anteriormente valorizava e que agora percebe que são insignificantes e/ou fúteis, e a valorizar aspectos que percebe serem realmente mais importantes. Muitas vezes implementa mudanças positivas na sua maneira de ser e de viver, tornando-se menos preocupada com o ter e mais com o SER, evoluindo moral, emocional e Espiritualmente.
7-“Nunca mais serei o mesmo”...
É freqüente haver um grande sofrimento neste pensamento que pode ser real, mas isto não significa que nunca mais possa ser feliz. Embora esta idéia possa parecer inaceitável no período do sofrimento, as transformações podem nos enriquecer. Geralmente é isto que acontece, quando a pessoa aceita trabalhar e superar a fase de mágoa e revolta, decidindo que pode e deve viver o melhor possível.
8-Evite decisões importantes ou grandes mudanças
O primeiro ano após a perda, geralmente não é um período adequado para tomar decisões importantes ou fazer grandes mudanças, a menos que as circunstâncias o exijam. Uma pessoa amargurada tem a capacidade de julgamento diminuída. Se algumas mudanças forem necessárias e inadiáveis, peça a ajuda de alguém competente e não envolvido emocionalmente com os problemas.
9-Reserve períodos e local para lembranças
Não fique o tempo todo pensando e vendo objetos da pessoa que se foi. Coloque alguns pertences dela numa caixa ou armário, não os deixe espalhados.Tente reservar algum período específico do dia (no início), da semana ou do mês, para pensar na pessoa e no seu luto, quando também poderá rever os objetos. Evite fazer isto o resto do tempo, pois nada de bom e útil se consegue com a tristeza contínua. Para algumas pessoas isto não é fácil de conseguir, mas é necessário à sobrevivência e recuperação.
10-Prevendo dias e datas difíceis
É útil saber que vai sentir-se mais triste, solitário e infeliz em certos dias e datas do que em outros, isto mesmo após já ter-se passado algum tempo e com a vida mais estabilizada. Estes dias especiais geralmente envolvem datas de aniversário, Natal, passagem de ano, Páscoa e outros, onde a falta da pessoa se faz mais presente. Planeje passá-los com amigos ou familiares, pois é provável que fique mais triste, choroso e deprimido que em outras ocasiões. Não se isole, é bom que esteja em companhia de pessoas que o estimem.
11-A crença de que a vida transcende nossa estada na terra e num Ser Superior
Desde a antiguidade, a maioria dos povos de todas as regiões do globo,com culturas e religiões diferentes, acredita na imortalidade da alma ou espírito e na existência de um Deus ou “Algo Superior”. Isto é quase que uma intuição que nascemos com ela. Um Ser com Amor Incondicional e Sabedoria, perfeito e justo, não castiga as pessoas, mas sempre quer o seu bem, sua evolução, mesmo que muitos de nós ainda não tenhamos a capacidade para entender o porquê de muitos acontecimentos. Hoje, mais do que nunca, temos tido provas da imortalidade do espírito e de que tudo na vida tem um propósito positivo, que nada acontece por acaso. Mesmo que não seja religioso, esta crença traz consolo. Pensar que a pessoa não acabou, mas apenas deixou seu corpo e transferiu-se para um tipo de vida diferente, em outro plano, faz com que as pessoas sintam-se melhor diante da perda; e significará que a separação é temporária, não definitiva.
É importante saber que pudemos desfrutar da companhia de algumas pessoas especiais, mesmo que por breve tempo, que nos deixam muita saudade...Só se tem saudade daquilo que foi muito bom..
12-Culpa por sentir-se bem
É comum as pessoas não se permitirem alegria após uma grande perda, não aceitando convites de amigos, ou evitando atividades agradáveis. Não lute para continuar sendo ou parecendo infeliz. Perceba que sentir-se contente, ter novos objetivos, não é deslealdade nem significa que não ama ou está esquecendo o ente querido. Conseguir prazer em algo significa que está trazendo um pouco de alívio ao seu sofrimento; retomando ou recomeçando a construir sua vida. Além disso, se a pessoa que se foi o estima, com certeza gostaria de vê-lo bem e não sofrendo, preferiria vê-lo contente e isto lhe daria mais tranquilidade. Procure investir em seu bem estar, engajando-se em atividades produtivas e que lhe são agradáveis, e poderá tornar sua vida melhor ainda do que antes, se aprendeu algo com o acontecido, se cresceu com o sofrimento e compreensão do que é realmente mais importante na vida.
13-Reajuste-se à vida e ao trabalho
Tirar alguns dias ou semanas para reequilibrar-se e, depois, uma folga ocasional, quando necessário, é perfeitamente normal. Mas as atividades devem ser retomadas assim que for possível, pois são importantes no processo de recuperação. Seja paciente consigo mesmo, porque nos primeiros meses sua capacidade física e mental podem não ser as mesmas. Deve diminuir sua carga horária ou o número de atividades, se sentir que é excessiva; mas a inatividade prolongada faz as pessoas repetirem ou prolongarem a fase depressiva sem nenhum benefício. Com o tempo poderá também perceber que é importante utilizar um pouco da sua energia em uma atividade que possa ajudar outras pessoas e/ou instituições, saindo um pouco de seu pequeno mundo e percebendo a importância e bem estar que traz ajudar ao próximo, de conseguir tornar outros um pouco mais felizes e menos carentes física e psicologicamente.
14-Liberte-se de expectativas irreais
Acreditar que a vida deveria ser diferente, não envolvendo escolhas dolorosas, sofrimentos e perdas é irreal e só traz revolta, o que só prejudica. Tornando nossas expectativas quanto a nós mesmos, aos outros e à vida mais realistas, fica mais difícil nos frustrarmos e mais fácil nos adaptarmos. Ninguém passa por situações que não mereça, por puro acaso; nem enfrenta uma carga maior do que a que tenha capacidade para carregar. Saber que não vivemos num mundo desorganizado e que existem leis universais, “nada acontece por acaso”; tudo tem uma razão de ser justa e produtiva, nos leva a encarar os acontecimentos (com relação a nós e aos outros envolvidos), mesmo os mais difíceis, como oportunidades de aprendizagem e crescimento.
15-Integrando a perda
As pessoas não “têm” que ser “vítimas”, qualquer que seja a perda, por pior que tenha sido. Situações de muito sofrimento podem ser transformadas em aprendizado. É preciso deixar de lado as perguntas centradas no passado (que é imutável) e no sofrimento (“Por que isso aconteceu comigo”?) e começar a fazer perguntas que abrem as portas para o futuro:- “Agora que isto aconteceu o que posso e devo fazer? O que posso aprender com isto? O que posso fazer para Ser e sentir-me melhor?” Geralmente quando chegamos à fase da aceitação, atingimos a compreensão e crescemos com a experiência, a dor se vai. Fica a saudade de uma pessoa com a qual convivemos e que nos proporcionou bons momentos e ensinamentos, tanto com suas qualidades, como com seus defeitos; com a qual compartilhamos uma parte de nossa vida. Só se tem saudade de algo que foi bom ou nos trouxe algo de positivo. Deve ser mais triste não ter de quem sentir saudade, seja de uma pessoa deste ou de outro plano.
16-Pesar excessivamente longo
Quando um sofrimento excessivo consome alguém por mais de um ano, geralmente o problema principal não é a perda em si, mas algum outro aspecto que precisa ser entendido. Muitas vezes isto ocorre quando havia uma dependência excessiva em relação à pessoa que se foi, quando a culpa por algum motivo é um componente muito forte na situação, problemas emocionais pessoais ativados ou reforçados pela perda ou outras razões significativas. Amigos, conselheiros ou um psicólogo podem ser necessários neste caso.
17-Procure ajuda profissional, se necessário.
A maioria dos que procuram ajuda de psicoterapeuta não são doentes mentais, são pessoas comuns enfrentando problemas, passando por uma crise e muitas delas sofrendo uma perda. Um profissional da área é alguém com quem você pode dividir seu sofrimento, sua revolta, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos; que pode compreendê-lo e ajudá-lo. As sessões de terapia podem ajudá-lo também a tomar decisões práticas que o farão sentir-se melhor. Você pode precisar de apenas algumas sessões, muitos meses para superar a fase mais difícil, ou mais tempo; tudo vai depender do significado individual da perda, da maneira como reage às crises e à terapia.
No início do pesar, uma das formas mais comuns de manifestar o sofrimento é resistir a crescer com ele. A vida pode ser prejudicada ou fortalecida por uma perda. Ninguém permanece o mesmo. Cada situação é única e só a própria pessoa pode buscar e encontrar respostas relativas ao “outro eu” e à outra vida que vão emergir.
Cada pessoa decide se vai ou não crescer com essa experiência dolorosa , e quando.

Maria José G. S Nery- Psicóloga Clínica
Psicoterapia Cognitiva, Transpessoal e Regressiva
E mail:-majonery@yahoo.com.br, zezegomes@hotmail.com
Campinas- SP -Brasil

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Como conhecer a si mesmo

A vida é uma difícil aventura de viver consigo mesmo

A vida é uma difícil aventura de viver consigo mesmo. Muito daquilo que vemos nos outros são apenas reflexos do que nossa alma insiste em não aceitar. O outro, por vezes, se torna um espelho diante de uma realidade que não aceitamos em nós mesmos. A mais longa viagem que podemos fazer é para dentro do nosso próprio coração. Em territórios desconhecidos, os sentimentos ainda não reconciliados com nosso coração sempre são inimigos a serem combatidos em uma guerra sem fim.

Quem não aprende a viver consigo mesmo, dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Somente quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é que conseguimos observar que as flores também se encontram lá. O fruto da vida só é doce quando temos a coragem de vivenciar os processos de amadurecimento dos sentimentos que amargam a nossa história.

Muitos se acostumaram a fazer da vida um eterno plantão de reclamações. Acordam pela manhã reclamando do trabalho e das pessoas com quem terão de conviver durante o dia. Passam o dia reclamando de pequenas coisas que já se tornaram, em sua vida, montanhas de aborrecimentos. E como não bastasse, ainda se dão ao luxo de sonharem que estão reclamando de alguma coisa que ficou pendente durante o dia.

Pessoas que se encontram nesta etapa de intolerância geralmente não consideram ninguém digno de confiança, não possuem amigos nem suportam ninguém. Não tem confiança em ninguém, porque não confiam em si mesmas; não tem amigos, porque não são mais amigas de si mesmas; e não suportam nenhuma pessoa, porque não suportam a si mesmas.

Muito mais triste do que reclamar é alguém ter que conviver com todos estes sentimentos que fazem da alma um espaço de trevas onde a luz do amor, da bondade e da paz não conseguem entrar. Acostumou-se a viver na escuridão de seus próprios sentimentos. Enxergar a luz do sol da verdade é tão dolorido quanto assumir os erros diante das verdades tão claras diante da vida.

A mudança interior começa quando assumimos a nossa responsabilidade diante das escolhas que fazemos na vida. Não adianta culpar o outro pelo mundo que criamos em nosso coração. Por vezes, será preciso nos aventurarmos na descoberta de nós mesmos e tomarmos consciência dos pecados que habitam nossos corações, lutarmos para vencermos uma batalha, na qual a verdade será sempre vencedora.

Quem deseja enganar a si mesmo, com as ilusões que cria diante dos seus próprios erros, faz da vida uma mentira e se perde nos territórios paganizados de sua alma.

Jesus conhecia o coração do ser humano, por isso mesmo o Seu olhar era sempre de misericórdia. Os erros de um tempo passado só poderiam ser deixados para trás se a pessoa aceitasse a salvação em sua vida.

A cada dia somos chamados a fazer da vida a mais bela escola, na qual cada erro se torna um degrau para os acertos de uma nova vida que começa a ser construída a partir da vida nova que Jesus nos convida a viver.

Padre Flávio Sobreiro

Como fazer os outros melhores?


Não podemos menosprezar as pessoas só porque pensamos diferente delas.
 
Meus queridos, neste mês, falo a vocês sobre a importância de reconhecermos no outro o seu melhor – qualidades, virtudes, o seu potencial. Assim, devemos procurar investir no outro e ajudá-lo a ser melhor! Lembre-se de que alguém, um dia, viu em você algo de especial e se ofereceu para ajudá-lo. Este ato de bondade foi determinante para a condição em que você se encontra hoje, certo?

Não podemos menosprezar as pessoas só porque pensamos diferente delas. Lembre-se de que em sua formação, por vezes, é tão artificial. Diz o sábio: “Aconselha-te com a maturidade”. Tem gente que ao falar parece estar na quarta jogada do jogo de xadrez. Temos de fugir do comportamento hipócrita como dos escribas e fariseus retratados no Evangelho. Eles faziam perguntas a Jesus somente para retorcer as Suas palavras.

Numa comparação, até engraçada, temos de fazer como o cavalo com seu rabo comprido usado para espantar as moscas, as quais, no verão, vivem atormentando suas orelhas e olhos. Devemos ‘espantar’ a mediocridade que existe em nós e acreditar no potencial de cada um ao nosso redor. Aceitar o propósito de Deus em nossa vida vai influenciar também na vida do outro - pense nisso!

Reserve alguns minutos desta semana pra ajudar alguém a ir para frente. Não deixe que as pessoas nasçam ‘originais’ e morram como ‘cópias’. Para isso, a Bíblia nos ajuda a focar nos temas centrais da Palavra: a relação de Deus para com o ser humano e a relação do ser humano para com seu próximo.

Meus amados, continuo firme acreditando que Deus vai à frente desta obra, apesar de toda a dificuldade em mantê-la ativa. Os desafios são grandes e peço a todos da Canção Nova - voluntários, colaboradores, missionários, padres e você, querido sócio evangelizador -, a nos colocarmos como São Francisco de Assis: até hoje não fizemos nada, vamos começar tudo de novo, afinal a primavera está aí para tudo renovar. A Canção Nova é como um fogão a lenha: por cima, cinzas; mas, por baixo, um braseiro prontinho para o fogo renascer. Rezemos para o sopro do Espírito Santo em nós tudo realizar.

Deus abençoe suas tarefas! Esteja aberto para acolher as surpresas de Deus em setembro, porque é Primavera!  Com carinho,

Wellington Silva Jardim (Eto)

Cofundador e missionário da Comunidade Canção Nova

 

‘Amor’ demais faz tão mal quanto amor de menos

A melhor medida de amor a ser aplicada é aquela que permite que o outro seja ele mesmo.
 
O amor é uma necessidade de todo ser humano. É ele quem mantém acesa a chama da esperança e nos faz acreditar na vida mesmo quando a dor chega. Sem ele não teríamos forças para viver, e sua falta faz com que nos sintamos incapazes de amar ou ser amado por alguém. Quem recebeu amor sabe amar; quem não foi amado tem medo até de falar sobre este sentimento.
Um dos grandes perigos, em se tratando de receber amor, é o mal que o excesso dele faz na nossa vida. Quem foi amado demais se tornou incapaz de se levantar depois da queda. Amor em excesso nos paralisa, faz-nos enxergar a vida com um olhar pequeno, no qual nossas vontades devem estar sempre em primeiro lugar. Amar em excesso é semelhante ao ato de aumentar a dose de um remédio para que o doente se cure mais rápido. Muitas vezes, o resultado é desastroso.
Filhos que foram amados demais se tornaram adultos carentes. Cresceram “embaixo das asas” de seus pais e, hoje, não sabem administrar a própria vida. Vivem esperando a aprovação dos outros e se decepcionam quando as coisas não giram ao seu redor. São eternos insatisfeitos, pois aprenderam, em casa, que o mundo existe para lhes servir. A carência que o excesso de amor traz torna o homem pequeno e incapaz de ser quem ele é.
A melhor medida de amor a ser aplicada é aquela que permite que o outro seja ele mesmo
Os filhos são um presente para os pais, mas todo presente pode se quebrar se não for bem manuseado. Filhos criados com excesso de mimos tornam-se filhos que mais parecem pais dos próprios pais. A disciplina é essencial para a formação do caráter do individuo. Quando o filho tem espaço para fazer em casa o que bem quer e pode, sairá dela sem o mínimo de direção para a própria vida. Disciplina é saber dizer ‘não’ na hora certa. Negar-se a concordar com tudo o que o filho faz é ensiná-lo que, neste mundo, dependemos uns dos outros.
A melhor medida de amor a ser aplicada é aquela que permite que o outro seja ele mesmo. Pais devem permitir que os filhos aprendam errando e errem para aprender. Só faz bem feito quem aprendeu a fazer por si só. Conheço um adulto incapaz de ficar no escuro, porque, enquanto criança, seus pais eram coniventes com seu medo da escuridão. Passaram para o filho um sentimento de inferioridade quando poderiam fazê-lo criticar seu medo bobo e tornar-se um adulto sem tal fobia.
Recado importante para os pais: seus filhos precisam de amor, mas cuidado para não amá-los em excesso. O resultado de tal atitude é desastroso, pois gera adultos paralisados, engessados em seus próprios medos. O verdadeiro amor é aquele que nos prepara para a batalha. Ninguém nunca nos disse que viver é fácil e quem foi amado demais talvez pense que o é. Viver é enfrentar desafios. Tenho a impressão que só quem foi amado na medida certa tem força suficiente para compreender esta verdade e seguir andando com as próprias pernas.

Fonte: Canção Nova

Os Efeitos da fofoca

Ela tem o poder de destruir os relacionamentos

Já sofremos muitas vezes com os efeitos malévolos da fofoca em nossos relacionamentos.
Muito longe de um diálogo, certos comentários rompem com qualquer possibilidade de entendimento, pois nunca acontecem na presença da pessoa de quem se fala. Quase sempre as observações feitas nesta conversa acontecem em tom de maldade e exageros, sobre uma verdade distorcida, a qual, as pessoas se julgam capazes de dar soluções para a vida de outros.

Seja por conta de um problema que alguém está vivendo momentaneamente ou até mesmo pelo sucesso em seus empreendimentos, sempre haverá alguém desejoso (a) em fazer suas especulações.
Assim, no propósito de “fazer apenas um comentário”, a conversa termina estabelecendo conceitos nada edificadores a respeito de quem não pode se defender.

A fofoca age como uma praga e se espalha rapidamente entre as pessoas dentro de nossos relacionamentos. Da mesma maneira que a lenha é combustível para o fogo, aquele que dá ouvidos aos mexericos alimenta uma tendência que pode provocar as discórdias entre aqueles com quem até pouco tempo conviviam.

Quem se presta a esse tipo de serviço, certamente conta com a sua credibilidade para reforçar aquilo que se tem interesse em divulgar. E um fator que torna este tipo de conversa ainda mais prejudicial é a maneira como o fato é transmitido, pois cada pessoa ao fazer seu comentário a um terceiro, agrega elementos que ofuscam ou desvirtuam a verdade.
As reuniões familiares, que têm como proposta a confraternização e a aproximação entre os parentes, podem da mesma maneira ser palco para situações nada agradáveis.

Dessa forma, a fim de evitar maiores constrangimentos, precisamos estar atentos sobre aquilo que queremos partilhar, pois, quando nos envolvemos em determinados assuntos, tornamo-nos também responsáveis por aquilo que falamos.
Algumas pessoas, não contentes em falar da vida de outrem, ainda se comprometem em divulgar a notícia, segundo as suas próprias deduções. Em uma atmosfera onde a ponderação nas palavras corre, muitas vezes, às margens da maledicência, não será difícil de acontecer os cismas e as indiferenças entre parentes. Entretanto, quando as consequências de um comentário infeliz ganham grandes proporções, raramente, essas pessoas que promoveram as injúrias serão capazes de assumir a responsabilidade sobre aquilo que foi falado, esquivando-se sorrateiramente ou em outros casos, simplesmente, procuram se afastar de quem ela própria ajudou caluniar.

O restabelecimento da amizade provocado pelos abalos de uma fofoca em nossas relações, poderá ser possível após a pessoa reconhecer os males provocados na vida do outro. Por meio da reconciliação, a reaproximação poderá acontecer a partir das atividades que eram vividas em comum. Todavia, há situações que a prudência nos ensina a manter somente a cordialidade da boa educação, sem grandes intimidades; especialmente, se percebemos que os vícios acima citados ainda existem como sinal da personalidade de pessoas, as quais, ainda não aprenderam a dominar a própria língua.

Podemos conversar sobre tudo e sobre todos, apenas tomando o cuidado de identificar se a pauta da nossa conversa tem a intenção de erguer, denegrir ou apenas de expor a intimidade da vida de alguém que se encontra sufocado por uma situação delicada.

Se há verdadeiramente uma intenção de ajudar o nosso próximo que está com problemas, a pessoa mais indicada para você apresentar sua opinião ou conselho – e de maneira reservada – é aquela cujo o (a) fofoqueiro (a) faz como temas de suas conversas.