Na vida nós precisamos nos conhecer. Uma das
maiores fontes de fracasso pessoal e profissional na humanidade é a falta de
auto-estima e auto-conhecimento. E a pior faceta disso é o auto-engano, algo
que a sua mente faz com você mesmo o tempo todo.
Deixa eu explicar isso melhor. Nós temos um
conceito de nós mesmos, uma auto-imagem, que junta tudo que acreditamos ser
verdade sobre nós mesmos, um conjunto de crenças chamado de “crenças de
identidade”.
Pois bem. Imagine uma pessoa que você só vê
fazendo o bem. Toda vez que essa pessoa toma uma atitude é conscienciosa,
benevolente, generosa. Aí você chega pra ela e diz “Você é uma pessoa boa! Você
tem um bom coração!” e essa pessoa responde “Não. Não sou. Você não conhece
verdadeiramente o meu coração. Só Deus sabe o que realmente se passa aqui
dentro”.
Analise a situação: a pessoa ACREDITA que não
é boa, mas NA PRÁTICA, na hora das atitudes, ela é boa ou não? Pense nisso. Ela
É BOA pelas suas atitudes, mas continua com uma auto-imagem ruim. E isso
acontece somente na mente dela. O grande problema é quando o contrário
acontece: a pessoa é ruim e se acha boa. Conhece alguém assim?
Porque, no final das contas, o que vale mesmo
são as atitudes, as coisas que você faz ou deixa de fazer. Você sabe muitas
coisas, pensa muitas coisas, mas não consegue nem fazer e nem motivar outros a
fazer
No âmbito dos resultados profissionais, uma
coisa comum é a pessoa ACHAR que está fazendo tudo certo. Aí os resultados não
vêm e ela começa a querer culpar o sistema, a liderança, a empresa, a crise.
Mas se ela se conhecesse e se aceitasse como alguém que ainda está na jornada
de crescimento pessoal, poderia corrigir seu comportamento e mudar seus
resultados.
Imagine uma pessoa gastadeira. Ela sai e gasta
mais do que poderia. Mas ela não se considera gastadeira. Então não vai mudar
nada porque pensa que não há nada errado que precise ser mudado. O único
problema é que essa pessoa está sempre sem dinheiro e quando isso acontece
coloca a culpa no governo, no salário, nos filhos, nos pais etc., etc, etc.…
Conheço bem esse tema. Tenho uma pessoa muito
amada na família que vive em sufoco financeiro desde que me entendo por gente.
E sempre diz que a culpa é de alguém, inclusive eu já estive na lista.
Se essa pessoa se aceitasse como gastadeira,
tentaria se controlar, manter as despesas abaixo da renda para sobrar dinheiro,
evitaria andar sempre com o cartão de crédito, optaria por programas sem muitas
opções de gastos e outras atitudes para solucionar isso.
Durante muitos anos eu mesmo fui preguiçoso.
Agora não sou, mas já fui. Se tinha um compromisso de manhã, outro à tarde e
outro à noite e acontecesse do compromisso da tarde ser desmarcado, eu ia pra
casa e não saía mais! Chega a ser engraçado que uma pessoa hoje tão produtiva como
eu já fui assim.
Mas conforme me conheci e me aceitei, parei de
me enganar, fingindo que não era preguiçoso e simplesmente deixei de cair na
armadilha. Deixei de voltar pra casa de tarde. Porque já sabia que, se
voltasse, não sairia mais! E agora, por ter me aceitado como preguiçoso no
passado, mudei meu comportamento e, na prática, não sou mais preguiçoso! Agora
posso voltar pra casa e sair de novo várias vezes…rs
E os maus resultados que eu tinha pela
preguiça foram substituídos por bons resultados provenientes da AÇÃO. Mas tudo
começou com a auto aceitação.
Você gasta mais do que ganha? Você tem
preguiça? Quais são as armadilhas para você cair nos maus hábitos? Você sempre
se atrasa? Tem vezes que tinha tudo pra chegar cedo e acaba se enrolando e se atrasa?
Como se inicia o processo que acaba por te atrasar? Do que tem medo? O que te
trava? Onde fica paralisado?
Faça perguntas pra você mesmo. Analise-se
constantemente. Cresça e aprenda todos os dias. Identifique seus pontos fortes
e continue com eles. Ache suas fraquezas e trabalhe nelas. Peça ajuda a amigos
ou mentores. Aconselhe-se. Mude seu comportamento e mudará seus resultados!